Fazer o bem, mas olhar a quem por Thais Duque Estrada

Lançar ou não novos produtos no mercado, antes deles se apresentarem como uma necessidade ou um desejo expressos pelo consumidor é uma discussão bastante abrangente. Aguardar o momento em que o mesmo já tem a consciência do que quer ou do que necessita, minimiza os esforços para o seu desenvolvimento, bem como os riscos de fracasso. A contrapartida é a dificuldade em se destacar no mercado, visto a enorme concorrência.

Mas como "escutar" os desejos latentes em um determinado nicho de mercado?

Isso só é possível se, com empatia,você se aproximar de seu cliente; observá-lo em seu dia-dia, pois é ali que aparecerão desconfortos ou necessidades mal atendidas.

Quando essas necessidades fazem-se recorrentes ou intensas, desejos latentes revelam-se e expressam-se através de sentimentos.

Momentos desagradáveis ou gratificantes e desejáveis, encerram reações emocionais "incontroláveis"; "involuntárias", como raiva, impaciência, alegria, tristeza, etc. Como, por exemplo, a irritação de uma dona de casa, com o odor de alho e cebola impregnados nas mãos ou a angústia de uma mulher com relação ao longo período em que permanece no cabeleireiro.

Ou seja, se os desejos são latentes e, portanto, subjacentes, os sentimentos e emoções desencadeados por eles, não. 

A  criatividade por si só, não se sustenta, se não houver sensibilidade. E essa sensibilidade deve ser canalizada para o seu cliente, para que você não caia na armadilha de utilizá-la para supor o que você desejaria no lugar dele. 

"Fazer o bem, sem olhar a quem", definitivamente, não contempla inovação.