Das mãos pré-históricas às contemporâneas: a mesma condição, a humana

Fayga Ostrower cita em seu livro "Universos da Arte", que nos desenhos feitos sobre as paredes das cavernas encontrava-se uma reverência pelas mãos. "Nas imagens pré-históricas aparece muitas vezes a silhueta de mãos por cima da figura dos animais. Nessas imagens o homem põe, literalmente, a mão sobre o mundo."  Ele temia as forças da natureza e acreditava que ao desenhar suas vitórias estas viriam a se concretizar.
No século XXI, em seu trabalho intitulado "Fingerings", Judith ann Braun deseja "deixar inscrições de seu corpo", propondo-se a desenvolver um vocabulário próprio para suas marcas, através do carvão aplicado aos dedos de suas mãos.

Das mãos pré-históricas às contemporâneas, o corpo participa da construção dos discursos que nascem das necessidades de significação, delimitação de território, demonstração de força, expansão da consciência, inscrição de uma marca. Desde as primeiras formas de comunicação até hoje, as mãos continuam simbolizando a execução de nossos pensamentos. Mas, embora a extensão dos limites onde colocamos nossas mãos no mundo tenha expandido de forma impressionante, a condição humana ainda nos deixa muito fragilizados em relação a ele.
Tomei conhecimento desta artista americana, através de http://picdit.wordpress.com